As ações em parceria podem ter como foco as diversas necessidades dos alunos: as de aprendizagem, as de proteção e as de desenvolvimento. Assim, a parceria tanto pode traduzir-se em apoio material – cessão de espaço físico, midiático, digital, assistência de saúde e medidas de proteção –, como propor situações de aprendizagem que enriqueçam as atividades existentes na escola e fora dela, criando novas estratégias de atuação.
Ampliando horizontes
Aprender sobre o corpo humano e sobre as relações humanas será, por exemplo, muito mais significativo se forem incluídas visitas aos serviços de saúde, entrevistas com profissionais da área e outras pessoas da comunidade, pois as crianças e os adolescentes poderão compreender as diferentes relações sociais envolvidas na interação entre as pessoas e os grupos sociais e, portanto, aprender que um corpo não é apenas biológico, mas também social e político.
A intenção com as parcerias não é fundir as instituições parceiras e as características que lhes dão identidade, transformando tudo numa coisa só, mas sim somar e integrar esforços e o que de melhor cada uma tem a oferecer, exatamente pela diferença, para a qualificação do projeto de educação integral. O importante é que haja afinidade de atuação com a concepção de educação integral assumida pela secretaria.
Intersetorialidade
Ao estabelecer parcerias com outras secretarias, organizações do território e da cidade, a Secretaria de Educação, por meio de uma concepção que prioriza a intersetorialidade como forma de garantir novos espaços e oportunidades de aprendizagem, pode ampliar o repertório cultural das crianças e dos adolescentes, contemplando tanto as atividades escolares como as socioeducativas e as de proteção e cuidados, as quais estão no âmbito de outras políticas setoriais como Saúde, Assistência Social, Cultura e Esporte.
A integração da equipe de trabalho da Secretaria de Educação a outros representantes da administração, formando uma equipe intersetorial para planejamento de ações conjuntas ou articuladas, compartilhando o atendimento de diferentes políticas para o mesmo público, de forma convergente, amplia possibilidades de potencializar e consolidar a política de educação integral no município.
Não podem faltar nessa equipe intersetorial representantes dos serviços de alimentação, transporte e segurança, que dão sustentação à proposta de educação integral, pois a nova política implica ampliar significativamente o número de refeições a serem oferecidas para as crianças e os adolescentes; disponibilizar transporte para a realização de atividades de circulação pela cidade; garantir segurança para que circulem com tranquilidade pelo território.
A hora para dialogar
A implementação da Política de Educação Integral no município é um momento oportuno para fomentar o diálogo entre as diferentes políticas públicas da cidade em favor de suas crianças e de seus adolescentes, principalmente os mais vulneráveis à exclusão, fortalecendo a rede de proteção existente.
Sobre esse diálogo e sua relação com a rede de proteção, cabe uma atenção especial à existência das organizações sociais que desenvolvem projetos educativos com crianças e adolescentes. Algumas dessas OSCs desenvolvem projetos pedagógicos criativos e inovadores que podem enriquecer a proposta, agregando a ela valores e potencialidades.
Caminhos das parcerias
• Uma pesquisa no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e no Conselho de Assistência Social ajudará a identificar as OSCs que desenvolvem projetos relevantes cujo público-alvo são as crianças e os adolescentes das escolas.
• A Secretaria de Educação pode realizar um chamamento público para apresentar a proposta, convidando-os a serem coautores. Existem diferentes formas de arranjo e participação das organizações sociais nas propostas de educação integral.
• A proposta de implementação da educação integral deverá ser apresentada ao CMDCA do município, órgão responsável pela definição das políticas destinadas às crianças e aos adolescentes, para debate, aprovação e acompanhamento. O CMDCA, assim como outros conselhos, poderão contribuir com novas ideias, enriquecendo a proposta original, assim como acompanhar e apoiar a implementação da política definida.
• Ampliando as possibilidades de parcerias para o fortalecimento da proposta de educação integral das redes, podemos citar as universidades locais, que podem contribuir compartilhando ações com as escolas, desenvolvendo pesquisas, programas e metodologias de formação e de produção de conhecimentos, tão necessários para melhorar a qualidade do ensino. A participação de estudantes de licenciatura e estagiários nas ações do programa de educação integral propicia vários ganhos: ganha a escola, que amplia suas alternativas de ação, recebendo futuros profissionais da área da educação, ganham os estudantes, entrando em contato direto com a prática docente, e ganha a universidade ao aproximar-se da escola real. Nessa parceria, todos aprendem.
A relação escola/comunidade também poderá propiciar o estudo dos temas transversais, a integração entre as disciplinas e o trabalho coletivo. Com efeito, quando o aluno aprende a conhecer a comunidade, com suas variedades de aspectos e de tipos, passa a preocupar-se com seus problemas e, se bem orientado, passa a querer participar na resolução dos mesmos.
Isa Maria Guará
Saberes e fazeres locais
É fundamental incorporar os saberes e fazeres comunitários e das famílias no desenvolvimento da proposta pedagógica das instituições de ensino. Aspectos da cultura local podem ser incorporados ao currículo das escolas e organizações sociais, enriquecendo as situações de ensino-aprendizagem ofertadas às crianças e aos adolescentes.
Há várias formas de interação possível entre instituições e famílias, para além das reuniões tradicionais. Considerando o que está previsto no Projeto Político-Pedagógico da escola em relação à articulação com as famílias, é possível desenvolver diversas atividades, como, por exemplo:
oficinas com as famílias
encontros para escuta e participação nas decisões da escola
visitas às residências dos alunos
encontros de formação para os pais
rodas de leitura de livros de literatura
mesas-redondas com assuntos de interesse
grupos de discussão após apresentação de vídeos, filmes ou palestras
Parceria entre escolas
A possibilidade de contar com a contribuição de equipes e equipamentos de outras escolas, somando esforços, amplia o leque de oportunidades, escolhas e ações em várias direções e potencializa o que de melhor cada uma pode oferecer. Por sua vez, os alunos terão exemplos concretos de solidariedade e de busca do bem comum, valores tão essenciais à sua formação, à vida pública e à cidadania.
Articular o apoio de lideranças da cidade, associações de profissionais, poder legislativo, judiciário, Ministério Público e população em geral trará grandes benefícios para a Política de Educação Integral no município, pela adesão de seus membros à proposta e pela disponibilização possível de recursos humanos, pedagógicos, culturais e de espaços físicos da cidade. Afinal, todos têm o dever constitucional de se responsabilizar pela educação das crianças e dos adolescentes.
Assista ao debate virtual sobre esta temática:
Conheça a experiência de outros municípios na efetivação de parcerias para a implantação da educação integral:
Parcerias
As ações em parceria podem ter como foco as diversas necessidades dos alunos: as de aprendizagem, as de proteção e as de desenvolvimento. Assim, a parceria tanto pode traduzir-se em apoio material – cessão de espaço físico, midiático, digital, assistência de saúde e medidas de proteção –, como propor situações de aprendizagem que enriqueçam as atividades existentes na escola e fora dela, criando novas estratégias de atuação.
Ampliando horizontes
Aprender sobre o corpo humano e sobre as relações humanas pode ser muito mais significativo se forem incluídas visitas aos serviços de saúde, entrevistas com profissionais da área e outras pessoas da comunidade, pois as crianças e os adolescentes poderão compreender as diferentes relações sociais envolvidas na interação entre as pessoas e os grupos sociais e, portanto, aprender que um corpo não é apenas biológico, mas também social e político.
A intenção com as parcerias não é fundir as instituições parceiras e as características que lhes dão identidade, transformando tudo numa coisa só, mas sim somar e integrar esforços e o que de melhor cada uma tem a oferecer, exatamente pela diferença, para a qualificação do projeto de educação integral. O importante é que haja afinidade de atuação com a concepção de educação integral assumida pela secretaria.
A integração da equipe de trabalho da Secretaria de Educação a outros representantes da administração, formando uma equipe intersetorial para planejamento de ações conjuntas ou articuladas, compartilhando o atendimento de diferentes políticas para o mesmo público, de forma convergente, amplia possibilidades de potencializar e consolidar a política de educação integral no município.
Intersetorialidade
Ao estabelecer parcerias com outras secretarias, organizações do território e da cidade, a Secretaria de Educação, por meio de uma concepção que prioriza a intersetorialidade como forma de garantir novos espaços e oportunidades de aprendizagem, pode ampliar o repertório cultural das crianças e dos adolescentes, contemplando tanto as atividades escolares como as socioeducativas e as de proteção e cuidados, as quais estão no âmbito de outras políticas setoriais como Saúde, Assistência Social, Cultura e Esporte.
Não podem faltar nessa equipe intersetorial representantes dos serviços de alimentação, transporte e segurança, que dão sustentação à proposta de educação integral, pois a nova política implica ampliar significativamente o número de refeições a serem oferecidas para as crianças e os adolescentes; disponibilizar transporte para a realização de atividades de circulação pela cidade; garantir segurança para que circulem com tranquilidade pelo território.
A hora para dialogar
A implementação da Política de Educação Integral no município é um momento oportuno para fomentar o diálogo entre as diferentes políticas públicas da cidade em favor de suas crianças e de seus adolescentes, principalmente os mais vulneráveis à exclusão, fortalecendo a rede de proteção existente.
Sobre esse diálogo e sua relação com a rede de proteção, cabe uma atenção especial à existência das organizações sociais que desenvolvem projetos educativos com crianças e adolescentes. Algumas dessas OSCs desenvolvem projetos pedagógicos criativos e inovadores que podem enriquecer a proposta, agregando a ela valores e potencialidades.
Caminhos das parcerias
• Uma pesquisa no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e no Conselho de Assistência Social ajudará a identificar as OSCs que desenvolvem projetos relevantes cujo público-alvo são as crianças e os adolescentes das escolas.
• A Secretaria de Educação pode realizar um chamamento público para apresentar a proposta, convidando-os a serem coautores. Existem diferentes formas de arranjo e participação das organizações sociais nas propostas de educação integral.
• A proposta de implementação da educação integral deverá ser apresentada ao CMDCA do município, órgão responsável pela definição das políticas destinadas às crianças e aos adolescentes, para debate, aprovação e acompanhamento. O CMDCA, assim como outros conselhos, poderão contribuir com novas ideias, enriquecendo a proposta original, assim como acompanhar e apoiar a implementação da política definida.
• Ampliando as possibilidades de parcerias para o fortalecimento da proposta de educação integral das redes, podemos citar as universidades locais, que podem contribuir compartilhando ações com as escolas, desenvolvendo pesquisas, programas e metodologias de formação e de produção de conhecimentos, tão necessários para melhorar a qualidade do ensino. A participação de estudantes de licenciatura e estagiários nas ações do programa de educação integral propicia vários ganhos: ganha a escola, que amplia suas alternativas de ação, recebendo futuros profissionais da área da educação, ganham os estudantes, entrando em contato direto com a prática docente, e ganha a universidade ao aproximar-se da escola real. Nessa parceria, todos aprendem.
A relação escola/comunidade também poderá propiciar o estudo dos temas transversais, a integração entre as disciplinas e o trabalho coletivo. Com efeito, quando o aluno aprende a conhecer a comunidade, com suas variedades de aspectos e de tipos, passa a preocupar-se com seus problemas e, se bem orientado, passa a querer participar na resolução dos mesmos.
Isa Maria Guará
Saberes e fazeres locais
É fundamental incorporar os saberes e fazeres comunitários e das famílias no desenvolvimento da proposta pedagógica das instituições de ensino. Aspectos da cultura local podem ser incorporados ao currículo das escolas e organizações sociais, enriquecendo as situações de ensino-aprendizagem ofertadas às crianças e aos adolescentes. Há várias formas de interação possível entre instituições e famílias, para além das reuniões tradicionais. Considerando o que está previsto no Projeto Político-Pedagógico da escola em relação à articulação com as famílias, é possível desenvolver diversas atividades, como, por exemplo:
grupos de discussão após apresentação de vídeos, filmes ou palestras
oficinas com as famílias
mesas-redondas com assuntos de interesse
encontros para escuta e participação nas decisões da escola
rodas de leitura de livros de literatura
visitas às residências dos alunos
encontros de formação para os pais
Parceria entre escolas
A possibilidade de contar com a contribuição de equipes e equipamentos de outras escolas, somando esforços, amplia o leque de oportunidades, escolhas e ações em várias direções e potencializa o que de melhor cada uma pode oferecer. Por sua vez, os alunos terão exemplos concretos de solidariedade e de busca do bem comum, valores tão essenciais à sua formação, à vida pública e à cidadania.
Articular o apoio de lideranças da cidade, associações de profissionais, poder legislativo, judiciário, Ministério Público e população em geral trará grandes benefícios para a Política de Educação Integral no município, pela adesão de seus membros à proposta e pela disponibilização possível de recursos humanos, pedagógicos, culturais e de espaços físicos da cidade. Afinal, todos têm o dever constitucional de se responsabilizar pela educação das crianças e dos adolescentes.
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O desenvolviento da educação integral, poderia ser alcansado pelo aluno, e implantada atrvés do poder publico com politicas inovadora para atingir as camandas mais flagil da sociedade, os governantes pudesse iplantar acões efetivas no campo da educação, voltada para educandos com grau de aprendizagem defasada, a educação integral poderia ser oferecida para o desenvolvimento de educação integral, pricipalmente em escolas de piriferia e ate escolas da zana rural.
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O desenvolviento da educação integral, poderia ser alcansado pelo aluno, e implantada atrvés do poder publico com politicas inovadora para atingir as camandas mais flagil da sociedade, os governantes pudesse iplantar acões efetivas no campo da educação, voltada para educandos com grau de aprendizagem defasada, a educação integral poderia ser oferecida para o desenvolvimento de educação integral, pricipalmente em escolas de piriferia e ate escolas da zana rural.